domingo, 9 de agosto de 2009

Entrevista com a "mãe" da Scully Parte 2

Como eu havia prometido, aqui está a segunda parte da entrevista com Sheila Larken. Como o texto é muito grande, ainda falta um pouco. Ou seja, a terceira parte vem aí.
Mais uma vez, obrigada, Yayá pela tradução.
Gostei muito dessa parte da entrevista.


Quando confirmei que iria entrevistar a senhora Larken, eu fiz o que sempre faço: Fiz perguntas por aí, me intrometi e dei para vocês, leitores, a chance de dar seus dois centavos e me contar o que gostariam que fosse perguntado, caso vocês fossem os entrevistados. Graças a isso, ótimas perguntas foram feitas, não só nessa entrevista, mas em outras também.

E falar sobre as entrevistas com vocês, não apenas me traz perguntas ou pedidos, mas também a compreensão sobre o que vocês, a “audiência”, pensarão das próximas entrevistas. E... nossa... fiquei feliz em me intrometer por aí dessa vez.

Eu não só descobri uma ou duas perguntas peculiares, mas encontrei fãs devotos que são “apaixonados” por Sheila Larken e sua interpretação como Maggie Scully. Muitos que não só adoram a personagem, mas elogiam o trabalho que ela fez, ao levar a personagem com seu próprio jeito, superando as telas da TV e tocando de maneira pessoal seus fãs.

“Uma vez, eu lembro que estava olhando uma cena em que nós (Gillian Anderson e ela) estávamos de perfil e foi como: “Oh, meu Deus, vocês realmente acertaram no elenco!”, por causa do nosso perfil, nossos movimentos corporais, aquilo foi incrível... Você podia ver, sabe? Eu parecia a mãe dela! E também tivemos o script e o modo como eu escolhi interpretar, e como eles me permitiram fazê-lo... Era antagonista, como mãe e filha de verdade."

“Teve essa cena, e mais uma vez a Gillian estava morrendo de câncer.” Ela lembra da cena em “Memento Mori”. “E eu não sabia que ela tinha câncer, e nem sabia se ela estava viva, e corri para entrar e lembro que disse: “Eu quero fazer essa cena desse jeito. Quero fazer a cena como se ela estivesse viva e eu quisesse matá-la!”, sabe? O jeito como os pais se sentem quando os filhos estão atrasados e chegam em casa... Era desse modo que eu queria interpretar. Eu cheguei no hospital e tirei meu casaco e joguei na cadeira... Comecei a gritar com ela e ela disse algo e eu disse algo também, e então a cena transcendeu, sabe? As minúsculas emoções através da raiva, que era o medo, pois ela estava morrendo.”

“Num certo ponto, na edição, um dos produtores pensou: “Não acho que essa cena deveria ser interpretada desse modo, ela não deveria estar com raiva... Deveria parecer uma mãe amável...” E houve um debate sobre editar a cena e no final decidiram: “Não, essa é a característica da personagem. Isso é o que faz dela uma mãe de verdade.” Sabe? Ou o fato da Gillian não ter ficado brava comigo quando eu contei a ela que ela deveria proteger seu filho e perseguir os seqüestradores, ou seja-lá-o-quê eram aquelas complexidades de cenas, e acho que era a verdade, pois queria que as pessoas pensassem ” Oh, isso só pode ser uma mãe!”. Ela ri.

Ela também se lembra de uma de suas primeiras cenas na série, a cena do funeral em Beyond the Sea. Essa cena foi também sua audição. Difícil, como Christmas Carol e Emily, com cenas filmadas tarde da noite, nas quais ela pensava: “Oh... meu... Deus... eu vou envelhecer a cada minuto!”

“Tem também uma cena com o David que eu realmente gostei, durante a abdução da Gillian... a cena com a cruz, dirigida por Michael Lang.”
Durante a série, ela não estava exposta a tantas cenas com o resto do elenco. A maioria das cenas era com a Gillian, mas ela gostava da interação com os outros atores também. “Eu amava trabalhar com o ator que interpretou meu filho Bill, ele é maravilhoso. E a atriz que interpretou minha filha que morreu... Descobrimos depois que freqüentamos a mesma faculdade.

Enquanto as cenas mãe/filha eram predominantes, ela sentia falta de atuar com David Duchovny e desejava poder trabalhar com ele no final da série. “É maravilhoso trabalhar com ele. Realmente maravilhoso e você ri bastante também. Ele sempre tem tamanha intensidade e é difícil não rir entre as cenas. A personagem do David estava acima disso, então era mais leve também.”.

A mamãe Scully apoiou sua filha quanto ao relacionamento com Fox Mulder? Sheila Larken é shipper? Após explicarmos o termo, ela diz: “Um dos valores da série era que eles nunca acertavam a tensão romântica e isso (resolução) era algo que nunca deveria acontecer. Então você sempre se pergunta se poderia acontecer...”. Não tão shipper, mas ela reconhece que o que a audiência queria que acontecesse era a resolução da situação e que muitos shows atualmente investem no conhecimento de que tensão sexual rende.

Então, após ler o que muitos de vocês perguntaram e sugeriram, e mesmo para satisfazer minha curiosidade, eu pergunto: O que você acha, o que pensa sobre William ter sido dado para adoção?
A resposta não poderia ser mais natural... “Espere... o quê?!”
E eu me senti como se fosse uma participação especial em algum episódio da décima temporada, ou talvez um “spin-off” da série, da qual ela deve ter participado.

“Espere… ele não foi abduzido?” Ela pergunta, confusa.“Sim.” E eu lembro que os últimos episódios em que vimos Maggie Scully foram Provenance/Providence.
“Mas eles o resgataram. E depois, alguns episódios antes do final, ele foi injetado com algo contendo uma substância com Ferro e aquilo, aparentemente, retirou seus poderes e após alguns debates internos de Scully, ela decidiu dá-lo para adoção...” eu recordo.

Há silêncio. Eu sinto como se entrasse numa cena onde minha personagem se senta para beber café junto com uma desavisada Maggie Scully e quebra seu coração dando essas notícias a ela, fria e rapidamente... que o neto dela, o bebezinho doce e sorridente, foi dado para estranhos.
Eu nem falo nada que sei que ele está em algum lugar com os Van Der Kamps, em Wyoming. Não quero entrar numa fria. “Como você pode imaginar, isso trouxe alguns sentimentos misturados, pois algumas pessoas ficaram indignadas com essa decisão.” Eu digo.

Eu saio da minha personagem. A contadora de estórias em mim sabe das razões disso ter acontecido. A minha parte feminina nega a lógica e a razão. Ela quebra o silêncio.

Fonte: X-Files News

3 comentários:

Scullysta disse...

bela entrevista!!!!!!!!!!!!1

Débora Gutierrez R Clemente disse...

A entrevista é ótima e descobrimos que nem a mãe da Scully é shipper ahahahahahahahahahah! E sore a adoção nada mais natural, aquilo contraria qualquer instinto maternal, não dá prá encarar!!!!!!!!!

kekedascully disse...

descobrimos que nem a mãe da Scully é shipper

=== Ninguém é perfeito. ;)

aquilo contraria qualquer instinto maternal, não dá prá encarar!!!!!!!!

==== Aquilo só era natural na mente já senil do CC.

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