quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

MATÉRIA DA ÉPOCA DO LANÇAMENTO DE AX2


Matéria antiga da SciFi News na época do lançamento de Arquivo X 2. Eu procurei pelos tópicos e não encontrei este entrevista postada antes, então se tiver me passado batido, vcs me desculpem, ok?


SCI-FI News de junho-entrevista com Chris Carter e uma ótima e exclusiva entrevista com David Duchovny. Parabéns ao jornalista Fábio M. Barreto.

Sob intenso clima de mistério e antes mesmo da divulgação do nome oficial do novo filme de Arquivo X, o ator David Duchovny recebeu a imprensa para uma rodada de entrevistas em Santa Mônica. A SCI-FI News marcou presença para conversar com um dos maiores ícones das séries de ficção científica e mistério dos últimos anos. Embora houvesse a proibição para falar sobre o filme, foi possível arrancar algum detalhe.

Depois de anos acompanhando um sujeito sério, obstinado para resolver seus casos e, normalmente, certeiro em suas teorias malucas e improváveis, é impossível não sentir certa admiração por Duchovny, que foi sinônimo de teorias da conspiração e extraterrestres por quase uma década na TV. Claro que o fato de o ator ser bem-humorado, relaxado e boa-praça ajuda a aumentar ainda mais essa admiração. Como quem troca de roupa, deixa tudo isso de lado para fazer sucesso estrondoso em CALIFORNICATION. Com a mesma facilidade e respeito, ele volta ao papel que o consagrou e afirma: “Se o ritmo não for tão pesado quando o da série, posso reprisar Fox Mulder em outras oportunidades”.

Qual foi a base para Arquivo X: Eu Quero Acreditar? A idéia principal para o caso foi ter algo que pudesse ser separado da série e feito isoladamente. Chris [Carter, criador] e Frank [Spotnitz, producer] estavam meio obcecados em não ter algo repetitivo. Foi em cima disso que o caso surgiu. Chris é um cara meio romântico, então, ele criou toda essa coisa do segredo. No fim das contas, não vai funcionar 100%, pois vão haver exibições, pessoas vão comentar, então, alguma informação vaza. Assisti a Traídos pelo Desejo sem saber nada e foi ótimo, depois vi O Sexto sentido e também foi legal.

Então, o lance de manter segredo está funcionando? É parte do processo, mas não é importante para mim o fato de o segredo funcionar ou não. Acho que até agora ninguém roubou o roteiro e colocou na internet, por isso já me dou por satisfeito.

Por que demorou tanto tempo entre o primeiro filme e esse? Primeiramente, por conta da série ainda ter continuado por mais quatro anos, então, ninguém queria passar por aquele excesso novamente. Foi sufocante e ininterrupto: dez meses trabalhando na quarta temporada, depois, dois meses filmando o longa-metragem e, sem descansar, mais dez meses para temporada seguinte. Foi uma overdose de Arquivo X que ninguém queria repetir tão cedo. E, quando a série acabou em 2002, havia um desgaste natural de todos os envolvidos, especialmente do Chris, que comandou tudo por nove anos consecutivos. Então, era normal querermos um certo distanciamento, por isso levou uns dois anos para decidirmos reprisar os papéis e mais algum tempo para convencer a Fox a financiar outro filme. Por isso demorou cinco anos desde que a série acabou.

Teremos ETs.? Acho que não, pelo menos não apareceu nenhum quando eu estava filmando (risos). O estilo do filme é muito próximo do começo da série. Depois de tanto tempo, posso dizer que o grande diferencial era o fato de ser uma série assustadora, diferente de qualquer coisa que estava no ar naquele período, e isso alavancou o sucesso. A coisa acabou descambando para uma quase novela sobre Mulder e Scully, mas deu certo logo de cara por ser assustador, afinal, era inspirado em Nightsalker.

E como foi o reencontro entre os personagens? Bom, Gillian [Anderson] mudou para a Inglaterra para fugir de mim, com certeza!(risos). Seguimos nossas vidas, mas confesso que estranho para caramba quando fizemos uma leitura do roteiro. Deu aquela sensação de “isso é um erro, não vai dar certo”. A ficha caiu mesmo no primeiro dia de filmagens, com os figurinos e tudo montado. Ainda Bem! De qualquer forma, sempre funcionou bem entre nós, então, não precisamos fazer nenhum grande esforço.

Por falar em esforço, todo esse trabalho para esconder o roteiro envolve divulgar informação errada também? Tem gente com idéias malucas como, por exemplo, Mulder e Scully serem uma mesma pessoa? Quê? Mesma pessoa? Será que sou hermafrodita? (gargalhadas). Como? Algum tipo de lagartixa? Engravidou a ele mesmo? Acho que podemos inventar umas teorias legais aqui mesmo, aí a gente conta para os outros, que tal? Enfim, se tem alguém confundindo a cabeça dos fãs, não sou eu. Pode ser uma boa idéia gerar a desinformação, pois, quando essa idéia chega a público, até mesmo a verdade pode soar como invenção e ninguém saberá ao certo até a estréia do filme.E onde está a verdade no meio disso tudo?Lá fora, oras! (risos). Ok, eu sei que isso não torna o seu trabalho muito fácil e divertido, mas não foi idéia minha esconder absolutamente tudo.

Você gosta mais de Hank do que de Mulder? Não, não existe mais ou menos. Gosto do cronograma de filmagem e da estrutura de CALIFORNICATION. Não fico sentindo que vou morrer de cansaço no final da temporada. O que eu gosto é o fato de ser desafiador fazer uma comédia. Tem que ser engraçado, senão fica uma m****. Quando o objetivo é faze um drama de ficção científica, há mais possibilidades envolvidas. Pode ser nojento, aterrorizante, misterioso, enfim, vários caminhos. Então, o que acontece em CALIFORNICATION é que passamos todos os dias tentando ser engraçados e garantir autenticidade a essas situações. Isso gera certa tensão e eu gosto disso.

Sua esposa gostou da idéia de vê-lo interpretando um sujeito como o Hank? Bom, gostamos do mesmo tipo de comédia, mas foi uma coisa de feeling. Téa [Leoni] leu e não gostou muito da idéia, achou o Hank soturno demais, que ninguém gostaria muito dele e tal. Mas eu senti alguma coisa a respeito dele que me fez insistir. Embora ele pareça um idiota e faça muita bobagem, ele tenta fazer coisas boas, sempre tem um objetivo bom e isso me chamou a atenção.

Seus filhos sabem o que você faz da vida? Que você aparece pelado na TV uma vez por semana?(risadas) Eles sabem que sou um ator, que dirijo e escrevo. Mas eu também digo a eles que sou jogador profissional de tênis! Acho que eles acreditam mais nisso! (gargalhadas).O que essa tatuagem quer dizer?Está escrito AYSF. É um laço de matrimônio, mas é pessoal. Entretanto minha mulher tem uma igualzinha e ela conta para todo mundo o que significa! (risos).

O processo que os Red Hot Chili Peppers [que tem um álbum chamado Californication] moveram contra a série causou muita surpresa? Claro que sim! Sempre é uma surpresa quando alguém o processa! (gargalhadas). Aliás, em que pé ficou isso? Quem ganhou? Vejamos, é só uma palavra, não faz sentido isso. Quem eles pensam que são? Eles não inventaram. Aliás, eu adoraria possuir algumas palavras. Processaria todo mundo! (risos)

Você faria mais algum trabalho como Fox Mulder depois desse filme? Contando que eu não precise ficar dez meses enfurnado em um mesmo ambiente, tenha tempo para fazer outras coisas como atuar e dirigir e cuidar da minha família, eu adoraria! O importante aqui é existir um espaço temporal.

Ter tantos fãs modifica o processo de realização de um filme como esse? Existiu algum comprometimento claro no sentido de fazer algo sob medida e atendendo as expectativas dessas pessoas?Sem dúvida nenhuma houve esse comprometimento, essa vontade de homenagear todas essas pessoas. Somos muito gratos a eles. Bom, depende de como eles receberem o filme. Se não gostarem, danem-se! (gargalhadas). Brincadeira! O importante é garantir que exista muito respeito e honestidade em relação aos conceitos que cativaram os fãs desde o início da série. Esse pensamento sempre existiu e, claro, ficou mais forte lá pela sexta temporada, quando a internet passou a fazer um papel importantíssimo na ligação dos fãs com a gente. O que não podemos fazer é tentar agradar a esse pessoal e focar a atenção neles e perder a identidade no processo. Eles aprenderam a gostar de um programa que falava sua própria língua, logo, deve permanecer assim.

Qual diferença você sentiu entre a direção de Rob Bowman e a de Chris Carter, comparando os dois filmes? Mesmo não sendo ele na direção, Chris esteve muito presente no primeiro filme. Agora, então, ele estava em todo lugar e não era uma boa idéia deixar de obedecer ao que ele dizia. Sujeito mau! (risos)

FABIO M. BARRETO- Direto de Los Angeles, Estados Unidos.

2 comentários:

* Thully Caroll disse...

Nem tento postar mais minha fic de arquivo x. se não eu apanho! :P

* Thully Caroll disse...

Nem tempo mais postar kinha fic de arquivo x... se n eu levo surra!

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