terça-feira, 1 de setembro de 2009

Fanfic: POSSIBILIDADES - Parte 2

Mulder estava estático, paralisado. “Diana Fowley? Diana?” Estava sonhando. “Sim. Era isso: um sonho”.
Ela está em sua frente dizendo coisas, mas ele não escuta. Não consegue ouvir nada. O assombro que tomou conta dele o impedia de tomar consciência de que aquela situação era real. Em sua mente só ecoa: “Você está morta. Eu estou sonhando.”


- Fox, Fox, o que há com você? Por que está me olhando deste jeito? Por acaso teve um pesadelo? – Indagou Diana.


Mulder sentado, sem se mover, sem dizer palavra.


- Bom, seja lá o que for, é melhor você se vestir. Como eu disse, o Skinner e os outros já estão lhe esperando. Vista-se logo, querido. Vou lhe esperar lá no carro.


Ela saiu do quarto. E Mulder continuou imóvel. Um turbilhão de pensamento lhe veio. “Eu estou sonhando. Com certeza.”


- Fox, já está pronto?


Mulder se levanta devagar. Vai ao banheiro. Lava o rosto, pensando que isso pudesse fazer desaparecer o delírio. Em vão. Continuava ali, no mesmo local. Olha ao redor. O quarto não era o do motel em que ele e Scully estavam. O banheiro, grande e bem decorado, não parecia com nenhum motel de beira de estrada.


Olha-se no espelho. O que estava acontecendo? Diana o chamara de meu amor. Skinner o estava esperando?
De repente, olha para trás. Ela está, novamente, ali. É ela mesma. Vem em sua direção com uma expressão de “o que há com você?”, acaricia seus cabelos; beija-lhe a testa. E na iminência de beijar-lhe os lábios, ele subitamente diz, afastando-se:


- Você falou que Skinner nos espera. Então vamos logo.


Vestiu-se e saíram. Percebeu que estava numa bela casa de dois andares. Viu algumas fotos dele e Diana na lareira da sala. Antes de entrarem no carro, Mulder disse:


- Você dirige.


- Tudo bem. – Diana não queria contradizê-lo. Uma vez que, ele estava tão estranho.


09 horas e15 minutos
Washington
Quartel General do FBI


Eles estão esperando na sua sala. Os dois entram no elevador. Diana faz menção de sair quando este pára e Mulder lhe pergunta:


- Aonde você vai?


- Como aonde eu vou?Estamos indo para sua sala.


A surpresa, ansiedade, expectativa, e o medo surgem nos olhos de Mulder. Suas ações paralisaram-no.


- Você vai ficar aí parado? Não acha que já estamos atrasados demais? Francamente, Fox. O que há com você hoje? Mulder...


Ele sai do elevador e a segue. Aquele corredor, por onde caminham, lhe é familiar. A porta, a que se dirigiam, não lhe era estranha. Quando entram na ante-sala, a secretária lhes informa:


- Estão esperando pelos senhores.


Diana abre a porta e Mulder, num momento de total estupefação e perplexidade, vê algo que nunca poderia esperar escrito naquela porta: Diretor Assistente Fox Mulder. E mais ainda o esperava. Ao adentrar a sala, vê uma cena que o faz estremecer. Sentados à sua espera , Walter Skinner, Alvin Kersh, Jeffrey Spender, e, o mais espantoso, o próprio Canceroso.
Todos sentados olhando para ele. Até que Kersh perguntou:


- Não vai se sentar Diretor Assistente?


- Hã? Claro. – Mulder, tentando assimilar o momento – Então, podemos começar. Os senhores estão com a palavra. – Continuou ele, procurando não mostrar que estava completamente perdido ali.


O primeiro a falar foi Skinner:


- Estamos com um problema, como todos sabem. Porém, não vejo motivo para esta reunião. Pelo que sei, o caso poderia ser resolvido rapidamente. Se temos, em nosso meio, alguém que pode estar nos traindo, basta usarmos gente bem preparada e capacitada para localizá-lo e pegá-lo.


- Skinner, se fosse tão fácil assim já o teríamos feito. - Rebateu Jeffrey- Esta pessoa parece nos conhecer bem e saber nossos passos. Bom, pelo menos muitos deles. É alguém que pode estar ligado a nós.


Mulder está calado, querendo captar tudo que é dito para poder se situar.


- A morte de um super-soldado, sem nenhuma luta aparente, sem nenhum traço de violência, e, num local em que só alguém ligado a nós saberia onde ele estaria. Não é um caso tão simples de resolver, Skinner. Temos que tomar providências rápidas e o mais sigilosas possíveis para que descubramos quem está nos traindo – interveio Kersh.


“Traição? Super-soldados? Ah meu Deus!” – Pensou Mulder – “Se isto não é sonho, se está mesmo acontecendo, talvez seja uma chance de descobrir algo mais; uma chance de ir além do que consegui até agora”.


Arriscou:


- Acho que a agente Scully seria uma excelente indicação para o caso.


- Agente Scully? - Perguntou Skinner – Temos alguma agente Scully por aqui?




- Mulder, quem é esta agente Scully e por que crê que possa nos ajudar? – Diana perguntou-lhe.


Mulder tenta disfarçar o embaraço da surpresa de todos. E de repente um temor apossa-se dele.


- Soube que ela é capacitada, confiável e profissional, e...e... Bem, é só isso.


- Nunca ouvi falar de tal agente, e pelo que parece, ninguém aqui ouviu. – Manifestou-se mais uma vez Diana.


O Canceroso que não havia dito uma palavra sequer durante todo o tempo. Levanta-se. Caminha até a porta e diz antes de sair:


- Senhores, se estão realmente perdidos como parecem que estão, é melhor serem mais hábeis. Isto aqui não é o “Clube do Bolinha” para reuniões banais. E você, senhor Mulder, pensei que chegaria com a solução e pelo que também me parece está mais perdido que os outros. Estou vendo que eu mesmo terei que resolver isso.


Dizendo isto, fechou a porta atrás de si. Mulder se levanta para sair quando Kersh diz:


- Temos que acabar Mulder.


- Eu tenho que resolver algo primeiro. – Respondeu Mulder saindo rápido.


Diana o segue.


- Fox, aonde você vai?


Já era tarde. Ele entrou no elevador e a porta se fechou.
Saiu do elevador devagar. Temendo encontrar algo que pressentira. Sim era aquilo mesmo que imaginara. Não havia nenhuma sala no porão. A sala dos Arquivos X não existia.
Deu meia-volta. Entrou novamente no elevador e foi falar com dos funcionários do Bureau.


- Veja para mim se consegue localizar a agente Scully.


- Quem? – Perguntou o rapaz.


- Agente Dana Katherine Scully, entendeu? Estarei na minha sala.


Minutos depois. Seu telefone toca.


- Senhor, não localizei nenhum agente com este nome, a verdade é que não existe nenhum registro no FBI deste nome.


Um calafrio tomou conta de Mulder. Foi como lhe tivessem dado um soco no estômago. “Scully não trabalhava no FBI? Como pode isso?” Então começou a pensar que aquilo ali poderia ser um sonho sim. Já tivera um anteriormente quando estava doente. Sonhara que tinha casado com Diana; que tivera filhos; que era amigo do Canceroso; que Garganta Profunda estava vivo; que Samantha estava bem e feliz. Só pode ser isso. Não era real. Mas .... mas....parecia...


- O que há com você? Pode me dizer? – Questiona-o Diana entrando na sala.


- Estou cansado. Não dormi bem. Preciso sair um pouco.


- Temos muita coisa a fazer, Fox. E você quer espairecer?


- Sim. Eu sou o Diretor Assistente. Acho que tenho um pouco mais de direitos que os outros simples mortais. Vejo você mais tarde.


Antes de sair foi até o rapaz a quem mandara localizar Scully.


- Lembra daquele nome que pedi para localizar? Pois bem, localize-o. Quero saber onde esta pessoa mora, seu telefone residencial ou do trabalho, qualquer coisa.


Em seguida sai do prédio.Vai até a garagem e lembra-se que as chaves estavam com Diana. Não quis voltar. Sai a pé mesmo e pega um táxi.


Sua cabeça está a mil. Ele Diretor Assistente de conchavo com o Canceroso e Scully... Scully não fazia parte do FBI. Sai do táxi e entra num café. Senta-se e foi preciso o garçom lhe perguntar três vezes o que queria para ele ouvir.
“Tenho que encontrá-la”. Pensou.


Seu celular toca.


- Senhor encontrei duas Dana Katherine Scully. Uma mora em Camburi Garden Filadéfia. A outra em Boston. Vou passar o telefone das duas.


Mulder está excitado e apreensivo. Toma nota dos números. Liga, primeiro, para o da Filadéfia, e como num pressentimento, não era ela. Só podia ser o próximo.


- Alô. – disseram do outro lado da linha – Laboratório Racionalis omnibus.


- Me desculpe, eu queria falar com dana Scully, mas acho que foi engano.


- Deseja falar com a senhora Dana? É aqui mesmo.


- Ah, sim. Que bom! Ela está?




- Não está não. Está em uma conferência. Só chegará daqui a dois dias.


- Onde está ocorrendo a conferência, por favor?


- Quem é o senhor?


- Sou um amigo de Washington e gostaria muito de falar com ela.


- Pois ela está aí,em Washington, senhor. No Victoria Palace Hotel.


- Muito obrigado.


Mulder não podia conter a sua exultação. Scully pelo menos não estava longe.
Sem perder tempo, segue para o local da conferência. Entra quase que correndo, pede informação a respeito da conferência. Ao chegar perto do salão ouve uma voz que lhe era como bálsamo em seu coração. Uma voz que ouvira durante nove anos e não percebera como esse pouco tempo sem a ouvir o deixara em desespero.


Era Scully.


Continua...



Link: Possibilidades Parte 1

2 comentários:

Cari disse...

essas primeiras partes dessa fanfic foram muito boas. fiquei curiosa em ler o restante.

kekedascully disse...

Obrigada, Cari.
Espero que as que as seguintes tb a deixem entusiasmada. Provavelmente hoje à noite ou pela madrugada poste a 3ª parte.

Este é blog é feito por fãs (Esfiles) de Arquivo X que, apesar da série ter se encerrado há alguns anos, ainda assistem, amam-na e seguem a carreira de seus principais atores. Aqui você, visitante, encontrará noticias de nossas atividades, encontros e também notícias relacionadas à série e seus atores.