A espera pelo anúncio dos nomeados ao BAFTA está deixando os fãs de Gillian Anderson ansiosos. Por quê?
Bom, há três semanas, estreava no canal da BBC uma de suas produções em homenagem ao bicentenário de Charles Dickens, "Great Expectations. A nova adaptação da obra do autor, antes do dia 27 de dezembro, causou surpresa pelo elenco escalado, principalmente porque constava que Gillian Anderson interpretaria Miss Havisham. As muitas opiniões eram de que a atriz seria muito jovem para o papel. A mesma BBC, encomendara um filme, cujo mesmo personagem seria encarnado por Helena Bonham Carter, segundo outros uma melhor escolha. Porém, apesar dos pontos de vistas contrários a sua escalação, Gillian defendeu sua interpretação de como seria tal personagem tão complexa.
Como supracitado, "Great Expectations" foi ao ar dia 27/12/2011, o primeiro de três capítulos e fez com que a rede de televisão britânica liderasse a audiência, tornando-se um dos assuntos mais comentados no twitter. Choveram elogios tanto à minissérie quanto à atuação de Gillian. Sim, houve quem não gostasse, principalmente exigentes leitores leitores de Dickens.
Eu, como já afirmei, nunca li obra deste autor. Dessa forma, não poderia expor minha visão baseada em uma leitura, uma ideia de personagens, ou seja, numa expectativa de algo já conhecido. E foi assim que vi a produção.
No final do terceiro episódio, da mesma maneira que inúmeras pessoas, eu podia dizer que gostei do que havia visto. A verdade é que desejei que houvesse mais episódios. Ao término de GE, recomecei a ver "The Crimson Petal And The White", "Bleak House" e esta seman "Any Human Heart". Eu sei. É uma vergonha, pois pareço uma pseudofã de Gillian, uma vez que, após todo esse tempo, ainda não tinha assistido totalmente a essas produções. Seja lá como for, agora estou em dia.
Voltando a minha opinião sobre a minissérie, Não questiono a atuação de nenhum ator, muito menos a produção. tudo me pareceu apropriado e bem executado.
Douglas Booth, que encantou olhares femininos mundo afora, com seu inocente Pip e suas relaçãoes com seu dedicado cunhado e o condenado Magwitch, em alguns momentos, me fizeram chorar. Gillian com sua Mrs. Havisham, eu já confessei, meteu-me medo. Só um pouquinho... Na verdade essa mulher gerou em mim pena e angústia por ver um ser humano em triste circunstância . A personagem, a meu ver, semelhante ao que Pip lhe disse, não conhece os homens, pior, a vida. Ela parou no tempo, adquiriu um único pensamento: vingança e usa Pip e Stella para vê-la concreta.
No entanto, mesmo que a manipule os dois personagens, não consegui detestá-la. Gillian traz à tela uma Miss Havisham estranha, fantasmagórica e digna de misericórdia. É angustiante assistir a ela em seus momentos de fobia ( ao rejeitar visitas), em seus tiques de ansiedade, em seu desespero por detalhes (por meio de Stella) de acontecimentos além Satis House. Ela é uma ser que vive através do outro, portanto apenas sente a superficialidade do mundo fora do espaço que criou para si, que simboliza a rejeição, a traição, o fracasso de uma relação - que são apenas algumas das experiências de incontáveis que a vida nos proporciona. Vida essa que ela não viveu, não cresceu; logo não sabe, não sente. Embora tenham se passado vinte anos ou mais de seu malogrado noivado, ainda é aquela jovem presa em um infeliz sonho.
Costumo gostar dos personagens de alguma trama quando me afetam de alguma forma, seja detestando suas ações, sensibilizando-me por seu estado, simpatizando com sua causa, entre outros. Isso deve-se muitas vezes ao desempenho do ator. Desconhecendo a trama literária de GE, ainda assim, envolvi-me com o enredo, com os seres ali apresentados.
"Great Expectations" deveria ser indicado ao BAFTA? Não conheço as demais produções que poderiam ser nomeadas a essa premiação, para comparar atuações ou a produções. Apenas admito que gostaria, sim , que isso ocorresse. Por quê? Os parágrafos anteriores já o justificam. Acrescento a isso que, como fã de Gillian Anderson, não nego que é bom ver o trabalho da atriz reconhecido. Um trabalho que, para mim, ela fez muito bem.
Eu, como já afirmei, nunca li obra deste autor. Dessa forma, não poderia expor minha visão baseada em uma leitura, uma ideia de personagens, ou seja, numa expectativa de algo já conhecido. E foi assim que vi a produção.
No final do terceiro episódio, da mesma maneira que inúmeras pessoas, eu podia dizer que gostei do que havia visto. A verdade é que desejei que houvesse mais episódios. Ao término de GE, recomecei a ver "The Crimson Petal And The White", "Bleak House" e esta seman "Any Human Heart". Eu sei. É uma vergonha, pois pareço uma pseudofã de Gillian, uma vez que, após todo esse tempo, ainda não tinha assistido totalmente a essas produções. Seja lá como for, agora estou em dia.
Voltando a minha opinião sobre a minissérie, Não questiono a atuação de nenhum ator, muito menos a produção. tudo me pareceu apropriado e bem executado.
Douglas Booth, que encantou olhares femininos mundo afora, com seu inocente Pip e suas relaçãoes com seu dedicado cunhado e o condenado Magwitch, em alguns momentos, me fizeram chorar. Gillian com sua Mrs. Havisham, eu já confessei, meteu-me medo. Só um pouquinho... Na verdade essa mulher gerou em mim pena e angústia por ver um ser humano em triste circunstância . A personagem, a meu ver, semelhante ao que Pip lhe disse, não conhece os homens, pior, a vida. Ela parou no tempo, adquiriu um único pensamento: vingança e usa Pip e Stella para vê-la concreta.
No entanto, mesmo que a manipule os dois personagens, não consegui detestá-la. Gillian traz à tela uma Miss Havisham estranha, fantasmagórica e digna de misericórdia. É angustiante assistir a ela em seus momentos de fobia ( ao rejeitar visitas), em seus tiques de ansiedade, em seu desespero por detalhes (por meio de Stella) de acontecimentos além Satis House. Ela é uma ser que vive através do outro, portanto apenas sente a superficialidade do mundo fora do espaço que criou para si, que simboliza a rejeição, a traição, o fracasso de uma relação - que são apenas algumas das experiências de incontáveis que a vida nos proporciona. Vida essa que ela não viveu, não cresceu; logo não sabe, não sente. Embora tenham se passado vinte anos ou mais de seu malogrado noivado, ainda é aquela jovem presa em um infeliz sonho.
Costumo gostar dos personagens de alguma trama quando me afetam de alguma forma, seja detestando suas ações, sensibilizando-me por seu estado, simpatizando com sua causa, entre outros. Isso deve-se muitas vezes ao desempenho do ator. Desconhecendo a trama literária de GE, ainda assim, envolvi-me com o enredo, com os seres ali apresentados.
"Great Expectations" deveria ser indicado ao BAFTA? Não conheço as demais produções que poderiam ser nomeadas a essa premiação, para comparar atuações ou a produções. Apenas admito que gostaria, sim , que isso ocorresse. Por quê? Os parágrafos anteriores já o justificam. Acrescento a isso que, como fã de Gillian Anderson, não nego que é bom ver o trabalho da atriz reconhecido. Um trabalho que, para mim, ela fez muito bem.
Um comentário:
Estou também na torcida. Gillian para mim está entre as melhores atrizes no momento. É impressionante sua versatilidade e competência. Se existe algo que me deixa chateada, principalmente porque não acompanham nem se dão o trabalho de pesquisar antes de escrever uma matéria sobre ela, é o fato de referirem-se à triz como a eterna agente Scully.
Ainda que a personagem seja um marco em sua carreira, da qual nunca se esquecerão, nem devem, ela já fez trabalhos suficientes para que reconheçam que hoje ela é uma excelente atriz que foi além da personagem que lhe rendeu fama.
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